segunda-feira, 25 de junho de 2012

BRINCAR PARA SER FELIZ

Alguém já ouviu falar do "brincar desestruturado"? 

Esse termo encontrei ontem, por acaso, enquanto fazia pesquisas pela net. É a denominação utilizada pela jornalista Sam Shiraishi, no seu blog, a vida como a vida quer (www.samshiraishi.com), e que foi utilizado para a campanha do produto OMO, Se sujar faz bem, da Unilev. Esperto, não?


Esse brincar desestruturado nada mais é que aquele brincar descomprometido. O brincar pelo brincar, sem a interferência do adulto a limitar esperando um resultado específico. É um brincar de bola, de casinha, de bicicleta, um banho de chuva ou de mangueira, subir em árvores, brincar na terra etc.

Apesar de não ser trabalhado e não ter compromisso com resultados é a experiência mais rica na vida do ser humano, principalmente enquanto criança. É com esse brincar livre que o cérebro permite o desenvolvimento  afetivo, cognitivo e emocional da criança.

Qual é a química por trás disso? Sei lá?

 Que seja o aumento de serotonina! Cientistas ingleses estão desenvolvendo estudos científicos provando que o contato com a terra estimula a serotonina e aumenta a imunidade; enquanto cientistas canadenses estão fazendo um trabalho relacionando serotonina, humor e imunidade (Ex.: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2007/04/070402_imunidadeserotoninag.shtml). 

E o meu pai, que nem é cientista, já me dizia isso... 

Esses estudos falam de terra e são mais específicos. Mas por quê não iríamos além? Também é fato que atividades físicas e brincadeiras estimulam não apenas a serotonina, como ainda a endorfina, melhoram a coordenação motora, aumentam a capacidade de concentração, ajudam a relaxar, ao mesmo tempo em que, vencendo tantos obstáculos as crianças vão desenvolvendo a sua própria auto-estima. 

Por um momento surgiu a dúvida, será que essa brincadeira livre e descompromissada ajudaria qualquer criança? E as que aparentemente não querem brincar? E estou falando mais uma vez das crianças autistas. Aquelas, dentre as quais algumas aparentemente se sentem mais confortáveis se afastando de grupos. Será? Será que elas gostam tanto assim de se isolar e não gostariam de brincar, ou elas têm o seu próprio jeito de brincar? Será que elas só não conseguem um jeito de se inserirem no grupo? Será que esse brincar não seria o ideal, mesmo que com um pouco mais de atenção? 

Pois eu defendo que vale a mesma "regra". O brincar continua sendo a chave do crescimento para qualquer criança. A brincadeira livre e descomprometida é uma chave para o amadurecimento, não importa como ela gosta da brincadeira, se de início sozinha e se fazendo acompanhar aos poucos, com brinquedos ou com caixas, panelas, ou qualquer outro objeto. Importa mesmo é que ela brinque. 


Eu não sou profissional, sou apenas uma mãe que percebeu como brincar ajudou ao seu filho a sair do isolamento. E um ser humano que percebeu como a brincadeira faz bem aos primos e amigos do seu filho. 

E depois de tantas descobertas parei para pensar como pode coisas tão simples, tão pueris, como terra, sujeira e brincadeiras serem a chave para coisas tão complexas e belas? A chave para o desenvolvimento do ser humano... quer coisa mais complexa e bela que isso?

Fico pensando se a gente não complica demais a vida e se realmente a felicidade não é tão mais fácil de ser encontrada.

Um grande abraço!!!

PS.: O blog do OMO traz dicas legais sobre brincadeiras e desenvolvimento infantil. Vale a pena dar uma olhada. 

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