Gente! Estou suando para preparar a matéria sobre o quarto. Não imaginei que essa parte da casa (ou apartamento) tivesse tantos detalhes! Mas, para não deixar de postar com um mínimo de qualidade, trouxe mais uma dica de um detalhe que amo, com uma pitadinha de sua história. Espero que vocês também gostem.
Quem passa por um móbile nem sempre tem ideia de que por trás de algo tão pueril há tanta história. E é mesmo difícil de imaginar...
Pois é, o móbile, hoje peça tão popular,
tem um passado bem rico. Fez sucesso já em sua primeira apresentação, na
galeria de arte... , em Paris.

Encantou desde artistas, como Miró, a filósofos como Sartre. E a pureza das obras de Alexander Calder foi contagiando a população europeia e se espalhando mundo a fora. Ainda hoje é difícil olhar para uma dessas obras de arte sem ficar fascinado...
Leveza, delicadeza, equilíbrio... harmonia.
Cor e forma, ciência e arte, estática e movimento... magia.
O lúdico unindo sensações e transmitindo emoções. E diante de um móbile desse artista volto àquele maravilhoso sentimento infantil, o deslumbramento.
Mas quanta coisa o seu inventor construiu, quantas dificuldades enfrentou para conseguir chegar ao status de artista plástico renomado, a ponto de ultrapassar o conceito de escultura? Quanta coisa aconteceu até que Alexander Calder tenha chegado a uma ideia tão inovadora para a época?
E tanta coisa aconteceu até o momento do "click", estalo ou como queiram chamar essa parte essencial do processo criativo...
Como o objetivo aqui não é fazer uma biografia, trouxe apenas as informações onde percebi uma ligação mais direta com esse tipo de obra.
E tanta coisa aconteceu até o momento do "click", estalo ou como queiram chamar essa parte essencial do processo criativo...
Como o objetivo aqui não é fazer uma biografia, trouxe apenas as informações onde percebi uma ligação mais direta com esse tipo de obra.
O que mais gostei foi que desde criança esse artista não apenas gostava de criar como era incentivado por seus pais, que também eram artistas. E em cada casa que moraram era construído um ateliê, onde também lhe era permitido realizar as suas experiências. Só que tem muito mais!
Uma das suas primeiras experiências cinéticas foi o pato, executado aos seus 11 anos de idade!

Uma das suas primeiras experiências cinéticas foi o pato, executado aos seus 11 anos de idade!
Em 1915 estudou Engenharia no Stevens Institute of Technology, em New Jersey, trabalhou na área e recebeu o diploma somente em 1919. Logo após, resolveu seguir a carreira artística e em 1923 ingressou na Art Students Leangue, em Nova Iorque. Um ano após findo o curso foi a Paris, onde passou dificuldades financeiras, recorrendo e sendo auxiliado pelos seus pais, até se firmar como artista. E olha, que muito tempo se passou... até brinquedo em massa ele chegou a executar!
Em outra de suas passagens por Paris, criou a obra "Cirque Calder", utilizando, pela primeira vez, bonecos animados, figuras de circo articuladas com arames, que expôs, em 1927, no Salão dos Humoristas. Ainda com grandes dificuldades financeiras.
Fez
amizade com artistas que influenciaram as suas obras, dentre os quais, Joan Miró,
Marcel Duchamp, Fernand Léger e Piet Mondrian, no estúdio de quem teve
uma experiência com o abstrato que lhe inspirou - nele o artista distribuía retângulos de
papel com diversas cores nas paredes para realizar estudo de composição.
E quem nunca ouviu falar desses artistas? Eles quebraram paradigmas, causaram sensação e entraram para a história!
Obra de Miró (O jardim, 1977)
Ferdnand Léger (Os trapezistas, 1954)
"Nu descendo a escada, Marcel Duchamp"

“Gosto de olhar pra isso como gosto de olhar para as chamas dançando numa lareira.” — Marcel Duchamp - eu humor irreartista e sua obra, a roda de bicicleta (1913), uma das obras mais representativas do Dadaismo na França"

Mas foi somente após o seu retorno a Paris, em 1930, que construiu a sua primeira escultura abstrata, os "stabiles", onde utilizava arame para proporcionar volume.
É lógico que a história é muito mais rica que isso, mas o que achei interessante foi a evolução das formas com as quais trabalhou até chegar a uma ideia tão pura como os "stabiles" e depois os "móbiles".
Para quem ainda não ouviu falar dos estábiles, aí vai mais umas imagens, mas no Google tem de sobra.
Calder, Alexander - "Stabile, Paris-La-Défense" - (1976)
Dimensions : 15 m - Roland METZGER Jerusalem Israel
Photograph
by
Roland METZGER - Alexander Calder
Um grande abraço!
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